Vacina Vírus Sincicial Respiratório - VSR (Arexvy® GSK)
Vacina vírus sincicial respiratório (recombinante, adjuvada)-
Por: R$ 1.600,00
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Descrição
Há duas vacinas disponíveis atualmente: a Arexvy®, produzida pela GSK, indicada para idosos, e a Abrysvo®, da Pfizer, indicada para idosos e gestantes, com o objetivo de proteger o recém-nascido.
O que previnem
Doença do trato respiratório inferior (DTRI) associadas ao vírus sincicial respiratório (VSR).
Do que são feitas
Ambas são vacinas recombinantes inativadas, portanto, sem capacidade de causar a doença.
Utilizam como alvo para o sistema imune as glicoproteínas F do VSR, estabilizadas na conformação de pré-fusão, que é mais estável e propicia melhor exposição de epítopos para apresentação ao sistema imune. A diferença principal em suas composições é que a vacina Arexvy® utiliza a glicoproteína pré-fusional do subgrupo A do VSR e o sistema adjuvante AS01, enquanto a vacina Abrysvo® é bivalente, composta pelas glicoproteínas pré-fusão dos subgrupos A e B, sem adjuvantes.
Indicações
- Arexvy®: idosos;
- Abrysvo®: idosos e gestantes, para a proteção do recém-nascido.
Contraindicação
Indivíduos que tiveram anafilaxia após o uso de algum componente da vacina ou à dose anterior.
Esquemas de doses
Idosos
- Ambas são recomendadas na rotina pela SBIm, sem preferência entre elas, para pessoas a partir dos 70 anos de idade, independentemente da existência de comorbidades. Além disso, são recomendadas para pessoas de 60 a 69 anos que tenham comorbidades de risco para doença grave pelo VSR. São consideradas condições de risco aumentado: cardiopatias, pneumopatias, diabetes, obesidade, nefropatias, hepatopatias e imunossupressão, além de idosos fragilizados, acamados e/ou residentes em instituições de longa permanência;
- O esquema é de dose única, a qualquer momento, independentemente de sazonalidade;
- O uso concomitante com outras vacinas recomendadas para a faixa etária é permitido, embora estudos de segurança e imunogenicidade sobre aplicação simultânea ainda estejam em andamento;
- Os dados atuais demonstram proteção por duas temporadas. Até o momento, no entanto, não há evidências que sustentem a recomendação de reforços.
Gestantes
- Apenas a Abrysvo® é recomendada para mulheres grávidas, com objetivo de proteger o bebê por meio da transferência dos anticorpos da mãe durante a gestação;
- A SBIm recomenda como rotina entre 32 e 36 semanas de gestação, a qualquer momento, independente da sazonalidade.
- No entanto, como a Abrysvo® é licenciada pela ANVISA a partir da 24ª semana de gestação, fica a critério médico o uso antes das 32 semanas.
- Não há indicação a partir da 36ª semana porque a estratégia só tem sucesso na prevenção de doença do trato respiratório inferior (DTRI) por VSR no recém-nascido caso a vacinação ocorra pelo menos 14 dias antes do parto. Além disso, já há dados que demonstram que quanto maior o intervalo entre a vacinação materna e o parto, maior é a eficácia;
- Pode ser coadministrada com as outras vacinas de rotina da gestante;
- Não há recomendação para revacinação em gestações subsequentes, mas a orientação poderá ser modificada quando mais informações sobre a duração da proteção estiverem disponíveis.
Via de aplicação
Intramuscular.
Cuidados antes, durante e após a vacinação
- Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação;
- Em caso de infecção com febre moderada/alta, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora;
- Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos, pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica;
- Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou;
- Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas, devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos:
- Os eventos supostamente atribuíveis à vacinação e imunização (ESAVIs) são em geral locais, autolimitados, leves a moderados e se resolvem em poucos dias. São reações esperadas dor, vermelhidão e inchaço no local da injeção, cefaleia e mialgia;
- Dados clínicos não revelaram qualquer risco especial em relação a toxicidade reprodutiva e do desenvolvimento.
- Em relação à Abrysvo®, não foram identificadas reações adversas nos lactentes nascidos de mães vacinadas.
Fonte: Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) - Última Atualização: 08/10/2024